quarta-feira, 15 de agosto de 2012

15 de agosto


Sexta-feira, 15 de agosto, de um ano qualquer.
Um sorriso inusitado anunciava que era o mês do cachorro louco, mas o coração saindo pela boca não se fazia entender.
Um capítulo de Isaías, pensamentos voando, uma risada rara e um nome desconhecido.
A noite correu com encantamentos, devaneios, desconfianças, confianças...
Tudo confuso. E o coração? Ah! Este já tinha saído pela boca.
A manhã chegou, o sol, a fome.
Andaram, conversaram, enrolaram-se para ficarem mais tempos juntos.
A durona? Com o coração saindo pela boca.
Em um outro dia se encontraram, conversaram, brincaram e dentre tantas músicas conhecidas aquele nome antes desconhecido, agora tão familiar, dedilhou uma música, inédita, mas que ela, com o coração na boca, sabia cada frase, cada palavra que seguia.
O mês do cachorro louco seguiu, acabou, mas o coração ainda quase saía pela boca, e a certeza de que algo aconteceria e sua vida modificaria para sempre.
Mudou, mas ainda hoje, anos depois, seu coração ainda quase sai pela boca, como aconteceu em todos os seguintes 15 de agosto.

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