terça-feira, 26 de junho de 2012

O bem que vem

E o que virá agora?
Não se sabe, não há como saber.
Sabe-se que será bom, ou pelo menos fará bem.
O Louco avisa que: "Quem não tiver um objetivo fixo não poderá perde-se".
E com toda razão.
Perder-se do que? Do que não é? Do que nunca foi? Do que se esperava que fosse/seria?
Não há do que se perder, não há o que esperar, só virá.
Tudo que vem para o bem é bem vindo, só não há como saber como acontecerá o bem, apenas sabe-se que ele vem.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Homem dos Meus Sonhos

Quem é ele? Quem é ele? Quem? Quem?
É ele minha gente, Chico Buarque de Hollanda.
Ok, eu sei, vcs vão ler e falar, seu e de mais de um milhão de mulheres, afinal, até ele deu um sorrisinho maroto e pensou isso quando eu disse a ele que ele era o homem dos meus sonhos.
Oi? Como assim? Eu contei para o Chico?
Calma, calma, sem pânico, nada de arrancar os cabelos, como eu disse ele é o homem dos MEUS SONHOS, literalmente. Eu frito, durmo e sonho com o Chico, e em um dos meus sonhos ocorreu esta cena.
Faz um tempo em que eu não sonho com ele, mas era uma constante na minha vida sonhos com o Chico, que éramos amigos, íamos a barzinhos, ele pedia cd emprestado para mim, eu dava coquetel na minha mansão em que ele frequentava e na ocasião só fez pano de fundo com a Marieta, enfim, foram muitos.
Lembro de um quando eu estava grávida de Sofia, já de 07 meses e barrigão, estávamos ali, conversando sobre música, bebendo um vinho (na época eu bebia coisas com álcool), papo vai, papo vem, meia luz, rolou um clima e daí tcharam, cheguei perto da boca dele, estávamos olhos nos olhos, quase boca com boca, quando a moça que trabalhava na minha casa me cutuca e diz: - Carol, telefone.
Oi? Quê? Telefone a esta hora? Quem é o infeliz que não tem o que fazer da vida? Bom, era o pai da Sofia. Pensa em uma pessoa que levou um esculacho sem mesmo entender o porquê: -Caramba, eu tava quase beijando o Chico, isso é hora de você me ligar?
Parece que eu hoje vejo a cara dele de: -Hã? Beijando quem? Quer dizer que tu anda sonhando com outro?
Vamos combinar, sonhar com o Chico é tudo de bom e mais um pouco.
Teve um outro sonho bem legal também, nesta época eu ainda não tinha casado e era bonitona, eu estava em um barzinho qualquer no Leblon (não, eu não conheço o Leblon), com música ao vivo, sentada perto dos músicos, na compania de dois amigos, comendo batata frita e bebendo chopp, e pergunto aos meus amigos, tem palinha hoje? E eles respondem: -Ah Carol, hoje estamos curtindo e não trabalhando. Depois de uma carinha de por favor eles se rendem e dizem: -Ok, vamos lá daqui a pouco. E eu comemoro.
Mas antes deles irem eu resolvo dar uma volta pelo barzinho, ver quem de conhecido está por lá, falo então que vou ao toalete e me levanto, eis então que encontro minha mãe que diz: -Carolina, onde você está?
- Oras mãe, estou ali com os meus amigos, ali na frente, perto dos músicos.
- Que amigos, Carolina?
- Ô mãe, o João e o Chico.
- Carolina, quem é João e quem é Chico?
- Como assim mãe? João Bosco e Chico Buarque, quem mais poderia ser? dããã
Bom, eu não sei como eu acordei deste sonho, mas ele me rende boas risadas, inclusive já sonhei que fui no Jô justamente para contar dos meus sonhos constantes com o Chico Buarque.
Teve a vez que eu sonhei com a Maria Bethânia, e eu dizia: -Bethânia, manda um beijo para o Chico, diz que ele é o homem dos meus sonhos.

Este é o homem dos meus sonhos e 19 de junho é aniversário dele (técnicamente esta data foi ontem, mas como eu ainda não dormi, para mim hoje ainda é 19 de junho de 2012) e eu não vou cair no clichê de parabéns, felicidades, etc, etc, etc, até mesmo porquê a probabilidade dele ler este post é uma em um milhão, então vou desejar coisas para mim, muitos sonhos com ele e que um dia eu beba uma água de côco na compania dele e possa conversar sobre música, política, fãs, e outros diversos assuntos.
Ah sim, mas que ele viva muitos mais anos, isso eu desejo para ele, que aliás, não é um desejo desinteressado, afinal espero que dele venham muito mais músicas e coisas boas.

domingo, 17 de junho de 2012

A gosto

Seria uma noite qualquer, de um agosto qualquer, se em meio à risadas, amigos, jogos, um cd do Paulo Diniz, violão e músicas ~que ela tanto gostava e cujas letras sabia de cor e salteado~, ele não tivesse dedilhado aqueles novos acordes.
Ela, não quis perder sua estampa de durona, fingia não prestar atenção enquanto jogava um jogo qualquer.
Ela, que muito gosta, mas pouco, para não dizer nada, entendia de acordes ~no violão mesmo tudo que conseguiu um dia foi Parabéns pra você e Cai-cai balão~, sabia qual era o próximo dedilhado.
Quando a letra começou as frases faziam sentido, sentir.
Ela sabia qual a próxima palavra, e isso fez seu coração pulsar mais forte. Nesta hora foi tomada pela certeza: - Esta é a música que ele fez para mim, uma verdadeira obra-prima!
E então eles seguiram suas vidas juntos, mas de forma individual, o que se tornou dolorido.
Após tantas dores decidiram continuar seguindo individualmente e desta vez separados.
O tempo passou enquanto seguiam as vidas. e ocorre que separados seguem com os corações saudosos (entrelaçados).

segunda-feira, 11 de junho de 2012

a MINHA vida

Cansei, não sei que rumo tomar.
Cansei da vida e seus dissabores,
De onde td é tão cobrado e nada entendido.
Cansei desse jeito de viver mais ou menos, onde tudo é simplesmente "levado"
Cansei destes medos e a forma que as coisas vão se desenrolando.
Cansei de onde tudo parece conspirar contra, onde as coisas são despejadas em cima de mim.
Cansei da aceitação,
Cansei de não ter as respostas,
Cansei de ser só,
Cansei de ter que lutar,
Cansei dos dissabores,
Cansei da vida...

Parece que é mais cômodo não entender, que é mais cômodo o brinquedinho antigo ficar esquecido no canto, deixá-lo lá, só, envelhecendo, amargurando, afinal, se não tiver que encontrá-lo sempre, não há do que se cobrar.
O brinquedo antigo acompanhou as etapas de crescimento na vida, com ele houve aconchego, mas tb houve enfrentamentos pessoais.
Então, deixa ele lá, esquecido no canto, porquê mesmo que ele tenha acalentado o coração, se deparar com ele a todo momento é ter que lidar com as incertezas e medos enfrentados anteriormente, e isso, não é cômodo.
A opção pela comodidade é mais segura, o brinquedo novo não é tão querido, mas traz segurança e a tranquilidade de poder esquecer-se de si.

Bom, a verdade é que li um texto no blog Cem +1 denominado "As marcas que quase ninguém vê", e este texto me abalou profundamente, e os comentários ainda mais.
Fico lendo, analisando e me identificando com muitas partes dele, assim como me identifiquei em muitos comentários
Em muitos momentos da minha pequena existência concluí que para mim é mais dolorido do que para as outras pessoas acordar, lidar com o mundo, conviver com a pequenez das pessoas, não pq eu seja egocêntrica, não é isso, tb não pq eu não seja, mas é que o ser humano tende a colocar o mundo sob sua perspectiva e percepção, então se as pessoas lhe parecem tranquilas e conseguem sorrir na vida, trabalhar, conversar e conviver entre si é pq não tem essa dificuldade de convivência, deu para entender o raciocínio?
Bom, enfim, sei que em vários momentos sinto esta dor descomunal ao me deslocar, ao ter que conviver socialmente, e então me enterro na minha cama, por vezes planejo ir morar em um lugar distante, onde ninguém fale a minha língua, e eu more só, com muitos filmes e livros em uma pequena edícula. Nunca tentei pôr fim a minha vida, mas entendo perfeitamente a diferença entre querer estar morta e querer morrer. Eu quero estar morta, todas estas vezes.
A lembrança da peça "Um Navio no espaço ou Ana Cristina César" também se fez presente a cada linha que meus olhos percorriam. Lembro de ter me emocionado durante a apresentação, não só por estar vendo o Paulo José com encantamento e ter ido cumprimentá-lo -cahan-, mas pela história, com o desfecho da história e da vida de Ana Cristina César.
Eu enfrento este bichinho ~é a forma que chamo a depressão~ há alguns anos, tenho agora procurado tratamento, porém tenho passado por uma fase, que confesso, não quero me tratar, quero sumir.
E então vêm as cobranças do tipo: - E suas filhas? Sua vida vale tão pouco?
Com licença quem não gostar, mas as minhas filhas? Não faz parte da cabeça depressiva como irão ficar os demais, afinal se uma pessoa que está em depressão significa que ela não tem dado conta de si, o que dirá das outras criaturas, mesmo que elas sejam lindas e tudo que conseguimos é sentir amor por elas.
Sim, elas são o que me segura, que me faz levantar, trabalhar e desejar o melhor para mim, pois só assim poderei dar a elas o que precisam para serem melhores para si.
Minha cabeça roda, transita no passado, no presente e futuro e concluo que não sei lidar com as dores e angústias que tenho sentido, não penso pôr um fim real à minha vida, mas concordo ao pensar que não seria nada mal esquecer dela, ou de parte dela, e aí pondero: Isso tb não é pôr fim? Deve ser.
E então lembro-me de Karen e volto intensamente desejar que a minha vida seja uma obra de ficção. Que a vida imite a arte!

sábado, 9 de junho de 2012

De repente 30

   Ok, nem foi tão de repente assim, vi cada ano se passar e por muitas vezes planejei esta data.
   Até mês passado planejei uma festança com músicas e trajes da época que eu nasci, ou da época da minha adolescência, ou até mesmo da época anterior ao meu nascimento. Queria também a cama elástica ~sim, cama elástica, pulei só uma vez na vida~ e tudo o mais que eu tivesse direito.
   E então um dia, de repente eu planejando tudo nos meus pensamentos pensei: -E convidar quem? Quem não liga para mim durante o ano inteiro, quem esqueceu ano passado? Decidi: -Não terá festa, gasto o dinheiro comigo.
   Certo, alguns de vocês pode falar que é mágoa, para eu limpar o coração, mas não é. O aniversário da gente é um dia pessoal e intransferível, que devemos fazer o que der na telha e o nos faz bem.
   E hoje acordei com minhas lindas, Mãe, Sofia e Valentina empuleiradas na minha cama e chamando para tomar um café-da-manhã fora, fomos no Ibis, delícia de café!
   Fui de tarde comprar uma calça, experimentei 30, nenhuma serviu, e por fim fui com a Comadre comer uma comidinha japonesa de primeira no restaurante Origami.
   Certo, meu dia passo-a-passo não importa muito, a mensagem que quero passar é que com menos do que eu sempre imaginei fiquei bem feliz!
   Realmente não dói chegar aos 30, mas é assustador, quando eu era adolescente achava que chegaria solteirona, e ficava assustada. Tanto que cheguei a combinar com um amigo da minha idade que casaríamos, caso permanecessemos solteiros. Mas a vida é uma caixinha de surpresas e me casei 02 dias antes de fazer 22 anos, siiiim, se eu ainda tivesse casada aos 30 eu já teria 08 anos de casada, mas as águas rolaram também e a vida é uma caixinha de surpresas.
   Em outra época aos 30 eu queria estar voltando de uma viagem que eu queria fazer pelo mundo com uma mochila nas costas.
   Quando eu era criança ficava imaginando que quando eu tivesse entre 25 e 30 anos eu seria uma linda executiva, que usaria saia, meia-calça, esmalte, batom, maquiagem, com um cabelão lindo.
   Enfim, tantos planos, mas eis que chega a roda viva e leva o destino pra lá.
   O fato é que cheguei aos 30 solteirona, sem uma longa viagem com uma mochila pelas costas, com 02 lindas filhas e uma vida cheia de longas histórias para contar e umas outras tantas que ainda virão a ser formadas por mim, mas outras a serem contadas a mim.
   Cheguei aos 30 com tantas dúvidas quanto aos 17, porém de níveis diferentes.
   Cheguei aos 30 mais segura de mim quanto mulher, mais insegura quanto certo e errado.
   Cheguei aos 30 satisfeita com a forma que aprendi a me vestir, insatisfeita com algumas partes do meu corpo.
   Cheguei aos 30 como se chega aos 20, mas com uma década a mais de experiência, assim como pretendo chegar aos 40, afinal a outra alternativa a envelhecer é morrer.
   E no dia de hoje cheguei com vontade de viver, viver o melhor que a vida tem para me oferecer, o melhor que eu tenho para oferecer para vida, para as pessoas e para o mundo.
   Desejo para mim prosperidade, sabedoria e tranquilidade.
   Desejo para mim tudo de melhor que o mundo tem a me oferecer.
   Desejo a mim Parabéns, Amor, Paz Luz, Fortuna!
   Desejo me saber.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O restante...

E agora o que nos resta?
Não resta a nós, resta a mim.
Resta só a mim, as minhas lembranças.
Minha mente vagueia sobre elas e tenta trazê-las para o presente.

Presente?
O presente parece distante.

E então, o que me resta?
Lembranças que vagueiam e de alguma forma tento, como em um quebra cabeças, uni-las.
As lembranças são companheiras, mas não me fortalecem.
A vida segue, muitas vezes sem rumo, sem certezas.

Certezas?
Não há como tê-las, afinal nem sei qual é o certo.

E o que resta?
Um passado de lembranças,
Um presente distante,
E um futuro incerto.

domingo, 3 de junho de 2012

Razão ou Coração?

Que rumo seguir?
O que fazer?
O que pensar?
O que sentir?

Assumir ou sufocar?
Gritar ou engolir?
Ligar ou se remoer?
Rir ou chorar?

Sumir?
Encarar?
Desistir?
Lutar?

Razão ou Coração?

sábado, 2 de junho de 2012

Legião Urbana

Desde sempre eu escuto Legião Urbana, lembro de quando eu era criança e meus pais tinham o bolachão Que País é Este, ainda com o Renato Rocha na capa.
Minha adolescência foi totalmente influenciada por Legião Urbana, sim, uma banda cujas músicas tem apenas 03 acordes e letras que tem muito a dizer.
Li muitas críticas à respeito do Tributo à Legião Urbana, onde o ator Wagner Moura tomou a frente dos vocais, e sim, ele como cantor é um ótimo ator, não irei entrar neste mérito, mas depois de assistir emocionada, porém com atenção para analisar as críticas feitas só posso dizer que, foi "do caralho" este Tributo.
Quando vi o Wagner entrar no palco achei que ele fosse desmoronar, chorar, ele passou toda a emoção ao ver tanta gente para homenagear uma banda que influenciou gerações, sim, gerações, pq enquanto assistíamos ao show eu e minha mãe estávamos conversando de qual geração Legião fazia mais parde, e o consenso foi: Das duas!
Vi ali, o ator que cantava, cantando com o coração, alma, se juntando aos fãs logo na primeira música, onde a voz do povo se sobressaía a dele no microfone. Em nem um momento o vi fazendo algum showzinho particular, vi um fã emocionado por estar fazendo uma linda homenagem.
Ele foi categórico: -Provavelmente esta é a última vez que subo ao palco com o Dado e o Marcelo para cantar as músicas da Legião, então vamos aproveitar até a última música. Ou seja, o cara não quis e não sugeriu, em momento nenhum se colocar no lugar, ou mesmo se comparar ao Renato Russo, foi uma homenagem, pura e simples!
Li críticas de pessoas que nem mesmo se empolgam com a banda, que tem algum apreço com uma música ou outra, mas...mas, vamos combinar? TODOS MERECEM CONHECER LEGIÃO URBANA! E como o próprio Renato falava: -A verdadeira Legião Urbana são vocês!
Que bom, hoje eu vi que sou 03 simples acordes com muito a dizer!

#EuNaoConfioEmQuemNaoVibraOuvindoLegiaoUrbana